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Pelas minhas viagens, de aqui e de ali vou-me perdendo com a certeza de que no fim da linha me encontrarei. Para quem gosta de aventuras e enigmas pode perder-se e encontrar-se por aqui
Mais um dos momentos especiais passados em Luanda no início de Setembro.
O tempo, esse precioso que já há muitos falta, faltou para publicá-lo em tempo útil!
Se em cada verso pudermos perceber a magia de um pensar, descobrimos o "açúcar" que a vida tem e o que a música cantada de coração é capaz de fazer. Paulo Flores fala com cada um quando está em palco e foi esse o sentimento que deixou no palco do Lookal São Jorge, na Ilha de Luanda.
Quando a noite de 25 de Setembro já se fazia sentir a brisa do mar e já tentava arrefecer, a voz de Paulo Flores encheu o espaço e aqueceu as almas dos fãs ansiosos por ouvi-lo.
resto do texto aqui: banda
O cacimbo já está a ficar para trás.
Para trás também ficaram muitas histórias que podiam ter sido relatadas aqui.
Não o fiz.
Há sempre um momento das nossas vidas em que preferimos contemplar a registar e depois transcrever.
Com o passar do tempo as próprias coisas perdem piada.
Mas entre Julho e Agosto vi cenas dignas de um palco de teatro.
Desde os seguranças embriagados que dançavam à porta, ensaiavam lutas para as quais nenhum tinha forças ou pedichanvam por cigarros, à senhora das limpezas que combina o sapato com o laço na cabeça, a mala com os brincos e obviamente a saia e a blusa fazem jus a este lealdade às cores.
Por outra não posso deixar de registar que conheci, mas apenas a voz e o entusiasmo, de um locutor da Rádio Mais, Jorge Gomes, que é a melhor companhia das manhãs. Sejam elas de trânsito ou não.
Facto é que, a caminho do trabalho, qualquer meia hora é bem passada a ouvi-lo. O "tudo à toa" como lhe chamo tem a capacidade de se sentar ao nosso lado e comentar os episódios caricatos do mundo dos automobilistas. Mas não se fica por aí. O locutor é a voz de quem precisa de se fazer ouvir e os ouvidos para quem precisa de falar.
Os astros alinham-se nessa cadeia de necessidades.
Entre idas e vindas ausentei-me de Luanda.
Outros locais contam histórias tão interessantes, mas só aqui elas têm piada e o que nós precisamos no fundo é de rir, de boa disposição.
De volta à cidade que já tão pouco sei descrever, espero ser mais arisca e fazer-lhe justiça nas histórias que ela tem para contar.
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