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Pelas minhas viagens, de aqui e de ali vou-me perdendo com a certeza de que no fim da linha me encontrarei. Para quem gosta de aventuras e enigmas pode perder-se e encontrar-se por aqui
Não sou do tempo do recolher obrigatório.
Não sou do tempo do uniforme na escola,nem cheguei a usar bata branca, com pena minha.
Não sou do tempo das boca-de-sino em tirilene (mas de ganag), nem do jimmi (mas arrisquei uma vez).
Não sou do tempo das curitas nas pernas para pousar para a fotografia,
nem tão pouco do namoro no parque com um sorvete na mão, ou da correspondência por carta.
Já namorei por correspondência email - desconfio que não conte.
Não sou do tempo em que as mulheres davam valor aos lavores
mas tive que aprender a bordar e faço péssimas bainhas.
Aprendi a dançar, o mínimo aceitável para me sentir da terra que me viu nascer.
Ainda assim, por graça do destino estou a beber da experiência de quem tudo isso viveu e hoje partilha entre si, deixando que alguma criançada participe.
Honra enorme, eu diria, fazer parte do Baú dos Tempos.
Escolhi ser uma aluna assídua, sendo fiel ao único lema de vida que de facto tenho: sempre a aprender!
Fui obrigada a dar uma gasosa à senhora da polícia que trata da participação de assalto. Ela só tinha que me dar um papel a dizer que estou sem documentos porque fui assaltada.
Mas a senhora estava a comer e era sábado e como tinha muitos processos eu tinha que pagar por tudo isso:
"É sábado vais ter que ajudar"
"Tenho muitos processos, para eu te ajudar vais ter que me ajudar"
Nisto fui tirando os kwanzas da carteira, com aquele sabor amargo na boca de impotência e cedência.
Passou mais de uma semana e documento nada!
Moral da história: se fores assaltado ao fim-de-semana deixa para segunda-feira.
Se há muitos processos à frente espera, não és mais do que ninguém.
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