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Bom dia

por baía azul, em 29.06.12

O que é um bom dia
Sem um sorriso de retribuição?
O que é um bom dia
Sem o teu sussurar a minha canção?
Sem a tua alegria para levar a solidão?
Sem o calor da tua mão?
O que é um bom dia
Se não agarras a vida?
Se foges para um beco sem saída?
Se escondes o amor por ser tolo sentimento?
Se escolhes o fácil por medo do confronto?
O que é um bom dia
Se não danças ao som da chuva?
Se não largas a lágrima turva?
Se não dás o beijo de despedida?
Se corres sem sair da partida?

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publicado às 19:15

O meu lugar

por baía azul, em 27.06.12

Lugares são como memórias
Sao o que nos resta da nossa passagem
O que fica quando saltamos a margem
Lugares nunca ficam por preencher
Nao são vazios como as ambições
São a vida cheia e as emoções
Mudam... e nunca deixam de o ser
Vao além do pensamento
Num sonhar de lugar amado
O pertencer de um sentimento
Pois a cada lugar está o sonhar acordado
O meu lugar o mundo viaja
Regressa como uma borboleta
Toda a vez quem em mim nao haja
Um lugar cor de violeta

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publicado às 19:13

Simples felicidade

por baía azul, em 22.06.12

Caminhas pela rua, distante
Sorris de alegria transeunte
O mais pequeno bulício te inspira
O mais simples carinho te arrepia
És corpo perdido que suspira
És mente feliz e fugidia

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publicado às 19:05

Dividida

por baía azul, em 21.06.12

De soslaio aprecio a tua beleza
Vou timidamente até ter a certeza
Será luz, será vida?
É inspiração escondida
É felicidade dividida

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publicado às 19:02

É Luanda

por baía azul, em 19.06.12

Sou da terra que nunca dorme
Do mar que tem sempre fome
Sou do espírito que é selvagem
Tenho sede e vivo à margem
Sou do brilho que ilumina a baía
Sinto o teu crescer a cada dia
Quando anoitece és jovem e inocente
Quando amanhece és dura e irreverente
És tu...cidade
que procuras a melodia
És tu...
gente que escuta a magia

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publicado às 09:37

Promete

por baía azul, em 14.06.12

Antes que eu possa chorar

vais agarrar nas minhas lágrimas

Antes que eu possa cair

vais dar-me a tua mão

Antes que jogue as palavras ao ar

vais beijar-me os lábios e o pior evitar

Antes que queira gritar

vais, nos teus braços, o meu corpo envolver

Antes que queira explicar

vais sussurrar para nada dizer

Antes que eu tente desistir

vais olhar-me fundo nos olhos

fazer-me sorrir

fazer-me sentir

que a vida minha depende do teu agir

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publicado às 10:46

A torcer pela selecção portuguesa

por baía azul, em 13.06.12

Em Luanda, como angolana que sou, tão portugalmente enraizada não pude deixar de torcer pela selecção que jogou hoje contra a Dinamarca, no campeonato Europeu de Futebol.

 

Saiu esta quadra de Sto António e Portugal até ganhou!

 

Oh Selecção das Quinas
Hoje o milagre tens de fazer
A Dinamarca pões fina
para o coração não sofrer

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publicado às 19:08

O teu abraço, o meu suspiro

por baía azul, em 13.06.12

Se eu tivesse frio abraçava-te
Se tivesse fome recorria a ti
Se sentisse angústia, a ti chamava
Se a febre me agarrasse, por ti delirava
Se a luz me ofuscasse, pedia o teu escuro
Se o ar me faltasse, pedia o teu suspiro
Tudo...
Pedia tudo em ti,
num abraço longo e apertado
num sopro feliz e acalentado

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publicado às 09:30

Roubo-te!

por baía azul, em 08.06.12
Queria roubar um pensamento
um roubo inocente
daqueles que gente não sente
que se guarda na mente
que a minha vida alente

Queria roubar um pensamento
só num gesto carente
só para seguir em frente
Só para te ver sorridente

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publicado às 10:20

Na Ginga

por baía azul, em 07.06.12
O dia de hoje começou ontem.
Uma mensagem às 21h trazia a má notícia, uma chamada às 22h confirmava-a e outra mensagem às 23h corroborava.
A mesma notícia, três vezes chegou.

Fui dormir pensando nos que perdemos, na tristeza que isso nos traz.
Acordei cansada. Repetem-se os sintomas, manhã após manhã. Já não bastam os escapes. Preciso das fugas.
Chego ao escritório e chateio-me.
Chego à formação e chateio-me mais.
Os motivos são sempre os mesmos, mas acho interessante a capacidade com que as pessoas nos colocam na posição de carrascos, abstendo-se de todas as suas responsabilidades.
Terminada a formação esperei o motorista numa das ruas que mais me seduz em termos de movimentação popular.
São carros a passar, devagar, devagarinho, parados; são kitandeiras, zungueiras e zungueiros, fiscais, polícias, ardinas, jornalistas, fotógrafos, transeuntes cujas profissões desconheço; é gente que dá vida à cidade.
Não há dia, portanto, que não me encante por 5 minutos no mínimo com o reboliço da rua Rainha Ginga.
"Mana, sapato", chama um de um lado, "fiu fius", que é como quem diz assobios, daqui e dali, olhares lascivos para as mulheres que passam elegantes, já maduras.
Corridas das zungueiras que avistam os fiscais já na esquina.
Mais ao fundo, lá no cruzamento, tudo parado, sirenes iam zunindo e o trânsito tão assustador quanto nos outros dias.
Já fora daquela porta, mas ainda na Ginga o telefone toca: "há uma manifestação" oiço do outro lado.
"Há PIR" (polícia de intervenção rápida).
Vinham da Maianga a caminho da cidade Alta. Ex-combatentes da UGP, mas não sei se conseguiram chegar a algum lugar.
Apesar da agitação normal, nem por isso havia o pânico, apenas a constatação do descontentamento. Afinal... Elas vêm aí.


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publicado às 23:39

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