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Pelas minhas viagens, de aqui e de ali vou-me perdendo com a certeza de que no fim da linha me encontrarei. Para quem gosta de aventuras e enigmas pode perder-se e encontrar-se por aqui
Nesta manhã encoberta
a pisar o areal molhado,
procuro abrigo na praia deserta
perco-me na esperança de um dia isolado
Escolho o teu falar meiguinho
o teu caminhar de mansinho
Não é um desejo qualquer
É o suspirar de um bem-querer
de um composto de mudança
um saber que a vida é uma dança!
O que é um bom dia
Sem um sorriso de retribuição?
O que é um bom dia
Sem o teu sussurar a minha canção?
Sem a tua alegria para levar a solidão?
Sem o calor da tua mão?
O que é um bom dia
Se não agarras a vida?
Se foges para um beco sem saída?
Se escondes o amor por ser tolo sentimento?
Se escolhes o fácil por medo do confronto?
O que é um bom dia
Se não danças ao som da chuva?
Se não largas a lágrima turva?
Se não dás o beijo de despedida?
Se corres sem sair da partida?
Lugares são como memórias
Sao o que nos resta da nossa passagem
O que fica quando saltamos a margem
Lugares nunca ficam por preencher
Nao são vazios como as ambições
São a vida cheia e as emoções
Mudam... e nunca deixam de o ser
Vao além do pensamento
Num sonhar de lugar amado
O pertencer de um sentimento
Pois a cada lugar está o sonhar acordado
O meu lugar o mundo viaja
Regressa como uma borboleta
Toda a vez quem em mim nao haja
Um lugar cor de violeta
Caminhas pela rua, distante
Sorris de alegria transeunte
O mais pequeno bulício te inspira
O mais simples carinho te arrepia
És corpo perdido que suspira
És mente feliz e fugidia
De soslaio aprecio a tua beleza
Vou timidamente até ter a certeza
Será luz, será vida?
É inspiração escondida
É felicidade dividida
Sou da terra que nunca dorme
Do mar que tem sempre fome
Sou do espírito que é selvagem
Tenho sede e vivo à margem
Sou do brilho que ilumina a baía
Sinto o teu crescer a cada dia
Quando anoitece és jovem e inocente
Quando amanhece és dura e irreverente
És tu...cidade
que procuras a melodia
És tu...
gente que escuta a magia
Se eu tivesse frio abraçava-te
Se tivesse fome recorria a ti
Se sentisse angústia, a ti chamava
Se a febre me agarrasse, por ti delirava
Se a luz me ofuscasse, pedia o teu escuro
Se o ar me faltasse, pedia o teu suspiro
Tudo...
Pedia tudo em ti,
num abraço longo e apertado
num sopro feliz e acalentado
Antes que me perca na imensidão das gentes
que o som abafe o meu ser
que a azáfama que aí vem me enfrente
Antes que a vida comande o sonho
e o sonho se esconda na duna
e as palavras se destruam na mente
lanço o repto divinal
agarro as forças uma a uma
e tiro o mundo do banal!
Já vai a meio
o ano, os projectos, os anseios
com a sensação de que foi ontem,
num countdown musicado
cada passa, cada sonho imaginado.
Nos tropeços me fiz forte
Nas conquistas amei a sorte.
E se no vazio mergulhar
haverá um sorriso para me agarrar
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