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Pelas minhas viagens, de aqui e de ali vou-me perdendo com a certeza de que no fim da linha me encontrarei. Para quem gosta de aventuras e enigmas pode perder-se e encontrar-se por aqui
Há uns dias que rio sozinha.
Parada a pensar na lógica das coisas, aquela que não existe, mas só à procura de um fio condutor que permita que eu demore mais algum tempo a chegar à loucura.
Dei comigo a pensar em bricolage e costura.
Dei comigo a ignorar todas as práticas que me obrigavam a questionar. Ou seja, deixei de questionar.
Rio-me sozinha pelo efeito que a vida tem nas pessoas, tem em mim.
Parar de rir, parei eu mesma.
Espanto.
Está menos calor, há uma brisa, há cinema, há exposições, há teatro e há paixões!
Há uma cidade atrevida, arrojada, descabida e desiquilibrada. Despeitada e desrespeitada.
Há um sentido crítico, uma vontade de vencer e um espírito vencido!
Rir?
Rir é só a forma fácil de passar ao lado e fazer de conta que amanhã é outro dia.
Não. Amanhã não é outro dia. Amanhã é um dia igual ao de hoje. Nenhum de nós, ou eu principalmente, fez para que fosse diferente.
Mas as coisas estão aí. À mão de semear, bem perto de mudar.
Só eu não movo palhas, só eu bloqueio, como as nuvens bloqueiam o sol em estado de cacimbo.
Só eu arrefeço a alma.
Luanda acordou a serenar.
O clima já é comparado ao de Londres, o que tem alguma piada.
A foto foi-me enviada via Iphone por um novo amigo em Luanda, que tem mostrado que é muito mais fácil assim, socializando.
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