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O que eu quero

por baía azul, em 12.10.11

Soube da morte de André Mingas, estava a preparar-me para dormir.

Trazia o sono do dia inteiro e estava a fazer um esforço extra porque tinha marcado uma conversa com uma amiga, via skype.

Entrei em casa a arrasta-me. O sono tomava conta de mim. Esperei até a amiga chegar e quando nos despedíamos gritei: morreu o André Mingas!!!

O espanto devia-se a dois motivos: por um lado era o choque de saber que uma pessoa que cantou para mim na infância desaparecia hoje.

Por outro previa várias horas de trabalho, a recolher informação e a publicá-la, para fazer primeiro ou fazer melhor.

 

A verdade é que o trabalho nunca acaba. E amanhã será a saga por causa deste infortúnio.

 

Interrompi o trabalho para ir até à cozinha e senti o tremor do chão.

Não, não se trata de tremor de terra, mas do vibrar do prédio com a força do trabalho dos geradores incansáveis. Olhei para o chão e pensei no óbvio: vou ficar sem luz bem antes de conseguir publicar mais qualquer update que seja.

 

Mas alguém andou a mexer os pauzinhos e posso agradecer:

 

Ainda ter combustível no gerador, para ter tudo pronto em tempo útil, inclusive o meu post de hoje

Ao bom senso de ter vindo para casa

À insitência da amiga para conversar comigo, só assim pude manter-me acordada

À magia das redes sociais que fazem tudo correr mais rápido

 

Luanda hoje, apesar dos pesares, deixou-me trabalhar!

Obrigada!

 

deixo-me ficar com "o que eu quero" mesmo que saiba apenas o que não quero. Conjuga bem, tem sido o tema das nossas conversas

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publicado às 02:20

Estamos numa de Flores

por baía azul, em 28.09.11

Mais um dos momentos especiais passados em Luanda no início de Setembro.

O tempo, esse precioso que já há muitos falta, faltou para publicá-lo em tempo útil!

 

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publicado às 01:27

Não lhe resisto

por baía azul, em 27.09.11

 

Se em cada verso pudermos perceber a magia de um pensar, descobrimos o "açúcar" que a vida tem e o que a música cantada de coração é capaz de fazer. Paulo Flores fala com cada um quando está em palco e foi esse o sentimento que deixou no palco do Lookal São Jorge, na Ilha de Luanda.

Quando a noite de 25 de Setembro já se fazia sentir a brisa do mar e já tentava arrefecer, a voz de Paulo Flores encheu o espaço e aqueceu as almas dos fãs ansiosos por ouvi-lo.

 

resto do texto aqui: banda

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publicado às 01:19

A beleza é amiga sim!

por baía azul, em 22.03.11

Depois de ver um vídeo postado nesse famoso local público chamado Facebook, com Lesliana Pereira e Leila Lopes em entrevista no programa do Jô Soares, sinto-me obrigada a escrever algumas linhas, fazendo correcções às afirmações de ambas nessa entrevista.

 

Confesso que não fui capaz de ver o vídeo até ao fim. Parei nas divagações sobre o que é o semba, sobre o que significa muxima.

 

Porquê? Muito simples, como angolana procurei um lugar para me enterrar.

 

Neste vídeo teria sido fantástico se as entrevistadas em causa tivessem sabido explicar o que é o semba.

 

De uma forma muito simples, sem grandes pesquisas o semba é muita coisa, mas não é introspectivo e foi do semba, há muitos séculos, que nasceu o samba.

Semba significa umbigada, uma dança angolana do interior caracterizada por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o da mulher: o cavalheiro segura a senhora pela cintura e puxa-a para si provocando um choque entre os dois (semba).
Jomo explica que o semba actual (género musical), é resultado de um processo complexo de fusão e transposição, sobretudo da guitarra, de segmentos rítmicos diversos, assentes fundamentalmente na percussão, o elemento base das culturas africanas*.

 

Sobre os instrumentos, Leila Lopes, não tendo sido exacta, fez-lhes alguma justiça. Mencionou que o semba tem muito instrumentos.

 

O semba é um dos géneros mais populares da música de Angola e nomes como Carlos Burity, Paulo Flores, Banda Maravilha, Elias Dia Kimuezu ou Bonga não são fáceis de esquecer, mas há muitos outros.

 

Mais um reparo a esta entrevista que não mostrou aos brasileiros o quão rica é a cultura angolana, nem quanto os angolanos a conseguem dominar: não saber explicar o que é muxima.

Somos muitos a dizer a palavra, mas poucos sabemos o que ela quer dizer.

 

Muxima é a palavra em kimbundu para coração.

 

Existe uma vila, no município da Kissama, cujo nome é Muxima. Nessa vila está a nossa Senhora da Muxima, muito venerada pelos fiéis. À semelhança de Fátima, em Portugal, é um local de devoção e que a dada altura do ano chama a si muitos peregrinos.

 

Mas o essencial a reter é que muxima, que também já foi cantada, é coração. Por isso o que tem amor vem do fundo da muxima.

 

Alguém colocou nesse post do Facebook exactamente isto: "É um pouco triste que as pessoas que são escolhidas para representarem o país não tenham "know how". Mas pior do que ignorância e risinhos são aquelas pessoas que votam na beleza no lugar de votar num pacote mais completo".

 

Não há pacote completo? Não posso sequer acreditar nisso. Apesar de pensar que as belas e inteligentes não partilham os mesmos locais, nem as mesmas competições.

 

O que posso lamentar é que desta entrevista não ficou o importante. Provavelmente poucos fizeram a leitura de que as beldades que representam Angola mundo fora muitas vezes não conhecem a dimensão do país que representam, deixando de fora detalhes que nos definem como povo, mais alegre que introspectivo.

 

O vídeo em questão

 

 

 

E já agora, o poema do semba, cantado por carlos Burity e Paulo Flores

 

O Semba Semba é canto de avenida
É chuva de primavera

Semba é morte Semba é vida
O Semba Semba é o meu choro dolente
Olhar nossa vida de frente
Semba é suor Semba é gente

O canto do Semba o canto do Semba ele é nobre

O canto do Semba ele é rico o canto do Semba ele é pobre
O canto do Semba ele é rico o canto do Semba ele é pobre

O Semba no morro Semba no morro é fogueira

O Semba que traz liberdade o Semba da nossa bandeira
O Semba que traz liberdade o Semba da nossa bandeira

O Semba, Semba é kanuco de rua

Na escola da vida ele cresce de tanto apanhar se habitua
Na escola da vida ele cresce de tanto apanhar se habitua

A voz do meu Semba a voz do meu Semba urbano

É a voz que me faz suportar o orgulho em ser Angolano
É a voz que me faz suportar o orgulho em ser Angolano

 


 *pesquisas na web têm maioritariamente esta definição e referem Jomo como autor da mesma.

 

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publicado às 00:09

Serenata a Angola

por baía azul, em 04.01.11

Hoje acordei com esta canção no ouvido.

Se é uma homenagem à terra, uma saudade que vem sem avisar ou simplesmente a angústia do inverno, não consigo descortinar.

Mas a sensação é estranha e mais do que tudo tem que ficar registada

 

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publicado às 16:10

Konde e Kianda Luanda

por baía azul, em 12.11.09

O cantor já tem novo CD a lançar neste domingo (dia 15) em Luanda, o seu novo álbum a solo intitulado "Kianda Luanda", com estilo musical semba, em homenagem a cidade capital do país.

Não perca!

 

Konde em entrevista para o Sapo AO

 

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publicado às 17:51

Jazz em Luanda

por baía azul, em 09.11.09

 

Os americanos Aaron Goldberg Trio e Joshua Redman vão estar em Luanda dia 13 e 14 de Novembro, para dar à cidade o melhor toque de Jazz que se faz actualmente.

 

O espectáculo terá lugar no Hotel Trópico, pelas 21 horas.

 

 

 

 

  

 

A paixão do Jazz vai iluminar Luanda e para quem é apreciador de boa música vale a pena ir ver.

 

 

 

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publicado às 12:33

Sabes o que é o hip hop? Eu sei!

por baía azul, em 04.10.09

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publicado às 10:13

Dia Mundial da Música

por baía azul, em 01.10.09

No dia mundial da música vale a pena ouvir aquele que eu considero um dos maiores músicos da música angolana.

Sem desfazer de grandes nomes como Rui Mingas ou Carlos Burity, Paulo Flores é o músico que me faz viver e reviver Angola.

 

 

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publicado às 11:32


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