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Rocky, Sylvester Stallone... ah e Filadélfia

por baía azul, em 14.03.14

Primeiro estranha-se, depois entranha-se... ou melhor, aceita-se.
Confesso que a primeira reacção foi de estupefacção.
Não podia acreditar que à porta do Museu de Arte de Filadélfia está a estátua de uma figura que não passa de um personagem de cinema.

O Rocky dá as boas-vindas a quem vai visitar os Jardins do Oriente, Picasso ou uma colecção de surrealistas.

Às vezes, vi eu, os turistas nem chegam a entrar no museu. Limitam-se à fotografia com o Rocky e seguem caminho. Nem aproveitam para subir as escadas, tão longas assim, e fotografar o belo skyline que se desenha à entrada do museu.

Mas nem é isso que me preocupa. Preocupa-me o facto de que em muito pouco tempo serão muitos os que vão acreditar que o Rocky era um herói de Filadélfia e não um simples personagem de um filme protagonizado pelo Sylvester Stallone. 

E não, não vi nenhuma estátua ao Bruce Springsteen. Estranho!

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publicado às 00:28

Os dias de Lisboa

por baía azul, em 03.04.12
Os dias não são iguais, tal e qual os jogos de futebol.
Não me canso de fazer a analogia, primeiro porque é um desporto de que gosto e vibro com o mesmo, segundo porque é o único que de facto compreendo, muito embora não me possa considerar uma expert.
Estes em Lisboa tinham que ser obrigatoriamente diferentes.
Entre almoços e jantares, encontros e reencontros, alegrias e, como sempre, tristezas (para poder animar), passam a correr e deixam no bico o sabor a pouco e a sensação de tão pouco dominar o "meu" tempo.
Corro de manhã, saio quase sem comer, pego no carro (agora no do pai) até à estação de comboio e lá vou eu para o relento esperar mais cinco minutos pelo "pouca terra" que me leva até Lisboa.
Já não contava com esta. Comboio, metro, horário, cancelas, corridas de ficar ofegante minutos, uma mão cheia de novas actividades.
Mas o que me trouxe aqui foi a viagem que faço no momento.
São 23h30. A esta hora já estou a dormir, quando em Luanda.
Em Lisboa também é raro estar no comboio, mas um jantar com uma grande amiga "obriga" ao sacrifício.
Uma chamada durante a viagem também me obrigou a pegar no bloco e a escrever.
Disse ela: vamos almoçar amanhã?
Almoço que tive de negar, pedindo-lhe para marcarmos para outro dia. Dia seguinte aliás, mas que me lembrasse porque facilmente eu sobreporia um novo compromisso.
A resposta foi simples: devias escrever num blog sobre essa tua vida agitada.
Pois bem, estou a fazê-lo, com a certeza de que pouco valem as historietas. Afinal, aventuras todos temos.
Mas reconheço que se hoje já a memória me falha, o ideal é deixar uns escritos para me rir da precoce desconcentração de que sou vítima mais tarde (queria escrever senilidade, mas não sou capaz de a admitir tão cedo).
Cheguei!

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publicado às 23:58

Viagens sem volta

por baía azul, em 04.10.11

Bateu-me no braço. Assustei-me com a agressividade do acto que rapidamente se viu acompanhado das palavras: olha a polícia!

Senti a força de quem estava preocupado, mas fiquei perplexa, o olhar vidrado que não enxergava a autoridade e as mãos controladas embora não parassem de acariciar a máquina como se de um cachorro recém-nascido se tratasse.

 

Pássavamos uma ponte, o rio corria lindo e a foto estava garantida. Olhei para ele desanimada, como se de facto aquela palmada tivesse sido dada para magoar e não para evitar que me magoassem.

 

Obviamente entendi que a intenção era proteger-me. As probabilidades de tirar a foto, ser vista pela polícia, ser parada, sermos presos e talvez nunca mais aparecermos eram maiores do que alguma vez eu poderia imaginar.

 

"Tem sítios aqui em que as autoridades não percebem o que é turismo e desconhecem a palavra férias!", explicou-me.

 

Fiquei petrificada. Não podia imaginar.

Contou-me o episódio de um amigo que havia sido preso, mas por sorte foi na cidade, onde as pessoas têm mais informação e mais pontes a que recorrer.

 

Eu não tenho nenhuma. Nenhuma conquistada por mim, directa.

Deixei o rio passar, não o pude gravar pela objectiva, apenas na retina e na memória ficaram os motivos pelos quais levantar uma máquina fotográfica poderá ser embarcar numa viagem sem volta.

 

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publicado às 00:29


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